Aconteceu, ontem (22/08), no Palácio das Artes de Belo Horizonte, o evento de celebração dos 49 anos do Centro de Artesanato Mineiro. A oportunidade serviu para abrir as atividades de preparação para o cinquentenário do CEART-MG, com a inauguração do Espaço de Convivência e da terceira Sala do Artesão, além do lançamento do selo comemorativo e da exposição “Mestres da Cerâmica Saramenha”. Na ocasião, estiverem presentes diversas autoridades do estado, como o Secretário de Cultura Ângelo Osvaldo que destacou a expressividade do artesanato em Minas Gerais.
“Uma das inovações do nosso governo foi valorizar o artesanato como uma das expressões mais representativas da cultura de Minas Gerais. Artesanato é uma linguagem e um movimento da cultura de Minas Gerais que precisa ter esse apoio decisivo. Nós conseguimos pela área da cultura, por outras frentes do governo também acionados e com o trabalho do Secretário Pedro Leão, dar ao artesanato a dimensão que ele precisa ter na vida mineira. Quando se fala em Minas Gerais, pensamos nos mestres artesãos, nos grandes artistas, nas cerâmicas do Vale do Jequitinhonha, por isso, é fundamental que ele tenha esse apoio para essa reciclagem do Centro de Artesanato do Palácio das Artes voltado especificamente para as comunidades artesanais”, destacou o secretário.
O presidente do CEART-MG e vice-presidente da Federação do Artesanato Mineiro, Gutty Pianetti, falou sobre o que a nova fase trará para os artesãos do estado.
“Estamos trazendo algumas novidades para nossa galeria de artesanato do Palácio das Artes. Essas novidades são: o espaço para o artesão, onde os profissionais poderão fazer suas reuniões, pesquisas sobre artesanato, além do repasse do saber. Estamos inaugurando também a terceira sala do artesão de Minas Gerais, onde o núcleo do Artesanato Mineiro irá confeccionar a Carteira Nacional do Artesão e realização a prova de feitura”, explica Pianetti.
A nova localização da Sala do Artesão trará mais comodidade a categoria que, até então, precisava ir até a Cidade Administrativa para buscar sua carteirinha. Outro ganho para a categoria, é o convênio entre o CEART-MG e a CODEMIG, que levará cerca de 400 artesãos as cinco maiores feiras de artesanato do Brasil. Gutty destacou a força coletiva para esta vitória.
“Os artesãos de Minas Gerais lutam há 13 anos pelo reconhecimento, por espaço, por políticas públicas, por oportunidade de comercialização. Então, estamos conquistando o olhar que vem dos governantes que estão introduzindo políticas públicas e estão nos dando oportunidade de participação em outras feiras”, completou.
O presidente da Federação do Artesanato de Minas Gerais, Rhavvi Dionísio, também esteve no local e frisou a importância de dar continuidade às conquistas e políticas públicas que a categoria vem conquistando nos últimos anos. Uma delas é o Mais Artesanato, programa que envolve uma série de ações destinadas a apoiar e impulsionar a atividade.
“As conquistas abrangem além da reabertura do Centro de Artesanato de Belo Horizonte, como também outras vitórias que o artesanato mineiro vem tendo nos últimos anos. Precisamos continuar esse projeto nos anos seguintes. Além disso, o Portal do Artesanato Mineiro também é um ganho muito positivo para o artesão”, destacou Rhavi.
O diretor da Cemig, Thiago Camargo, falou sobre o apoio dado a categoria.
“Nós temos apoiado o artesanato há algum tempo, a Cemig tem procurado desenvolver e contribuir com o artesanato de Minas, que é uma manifestação cultural e também proporciona geração de renda para os mineiros. Esse é mais um passo, o espaço CEART já existia, precisava de uma revitalização e a Cemig contribuiu para isso. Para os artesãos, acho que vai ser um espaço ainda melhor”, ressaltou Thiago.
Após cortar a fita vermelha de inauguração do Centro de Artesanato Mineiro revitalizado, o público pôde conferir uma exposição de encher os olhos, com trabalhos de talentosos artesãos de todo o estado. Um deles foi o artista Alex Teles, de Divinópolis, terceira geração da família Teles, famosos por esculpir suas imensas e fantásticas Rodas da Vida em madeira.
“Meu avô tinha uma obra mais primitiva, mais rústica. Ele dizia que entalhava o que via em sonhos e trabalhava pelo inconsciente. Já meu pai gosta de entalhar nossas manifestações mineiras como as músicas, seguindo os traços da roda da vida. Eu venho nessa mesma linha do meu avô, tentando fazer a preservação das nossas manifestações culturais através da arte, ampliando as visões para que a obra de arte seja um diálogo entre o artista e o público”, finalizou Alex.
O Centro de Artesanato Mineiro funciona de segunda a sexta: de 9h às 20h
Sábados e domingos: De 9h às 13h
2 Comentários
Foi um sucesso, um espaço maravilhoso para mostrar o Artesanato de Minas.
Evento Maravilhoso para todos e ótimo espaço de exposição